Você já ouviu falar em REPRESENTATIVIDADE?
Representatividade é a visão do EU que só se constrói com a relação com o outro. A construção de identidade individual e coletiva que só se estabelece quando eu percebo o que eu tenho de diferente ou de parecido com o OUTRO. Representatividade não é moda! Representatividade tem que ser a essência da moda! Pois ela importa para a construção da autoestima, felicidade e aceitação das mulheres desta e das próximas gerações!
54% da população brasileira se declara negra, mas a comunicação ainda trata esse público como nicho. Estamos em um momento da sociedade em que a beleza negra está se descobrindo e sua estética está sendo valorizada. Por isso mostrar que as suas características são importantes e possuem espaço na moda é essencial na construção da visão antirracista na sociedade.
Taís Araújo foi a primeira negra a protagonizar uma novela da Rede Globo em 2009, tornando-se um ícone de beleza negra. Maju Coutinho foi a primeira mulher negra na história a apresentar o Jornal Nacionalno horário nobre da Rede Globo e virou exemplo de representatividade devido aos vários vídeos de telespectadoras mirins encantadas com sua presença, roupas e cabelo. Djamila Ribeiro, filósofa, feminista, negra, escritora, acadêmica brasileira, pesquisadora, mestra em filosofia política e colunista do jornal Folha de São Paulo, inseriu a representatividade e a luta antirracista em espaços não acadêmicos através dos seus livros e entrevistas em programas televisivos. Rachel Maia, CEO da Pandora no Brasil, levou a presença de mulheres negras para espaços onde sua atuação ocupava menos de 1% em cargos executivos. Luana Génot, empresária, jornalista, ativista pela igualdade racial, fundadora do Instituto Identidades do Brasil e idealizadora da campanha “Sim à Igualdade Racial” fortalece a discussão de temáticas relacionadas com a diversidade étnico-racial no mercado e no mundo empresarial. Benedita da Silva, primeira senadora negra no Brasil, trouxe a participação feminina e negra para espaços políticos dominados apenas por homens. Mulheres como as citadas nos fazem perceber que SOMOS PLURAL, uma mistura incrível e única de corpos, de cores e de sorrisos! Elas nos fazem lembrar que NÃO EXISTE PADRÃO para quem quer ser LIVRE!
Como resultado de seus esforços e de diversos movimentos, em 2017 a expressão “cabelos cacheados” ultrapassou pela primeira veza busca pelos lisos no Google, um crescimento de 232%, e o interesse por “cabelos afro” aumentou 309%, reforçando o sentimento de reconhecimento e valorização da estética e beleza negra.
Nós acreditamos que felicidade tem cor, atitude tem cor, beleza tem cor, moda tem cor, o Brasil tem cor! E motivados por esta visão lançamos com muito orgulho a campanha A Cor do Brasil que te convida a respeitar, valorizar e amar a diversidade. Afinal nós REPRESENTAMOS a história e a riqueza de um povo que construiu o Brasil.
